ALSTROEMERIACEAE

Alstroemeria inodora Herb.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Alstroemeria inodora (ALSTROEMERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.172.620,549 Km2

AOO:

128,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no Uruguai, Paraguai e Brasil, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Assis, 2010).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?<i>Alstroemeria inodora</i>caracteriza-se por ervas terrícolas ou rupícolas, perenes, hermafrodita. Nãoendêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Mata Atlântica e Cerrado, desenvolve-seem brejos de altitude e campos rupestres. Amplamente distribuída no territóriobrasileiro. Apresenta EOO de 993.140,992km². Protegida por unidades deconservação (SNUC). Bem representada em coleções científicas. Não apresenta nenhumaameaça direta que possa levá-la a risco de extinção. Suadistribuição disjunta e pontual entre Estados brasileiros possivelmente levaráa categorias de ameaça em avaliações regionais. Não ameaçada no âmbitonacional.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Amar. 90. t. 2. f. 1. A espécie é próxima de A. cunha Vell., diferenciando-se desta por apresentar flores com tépalas externas variegadas (Assis, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Brejo de altitude, campo de altitude e campo rupestre (CNCFlora, 2011).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes: Erva perene, encontrada em formações campestres de diferentes Estados; fértil durante o ano todo.

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
O desmatamento no Cerrado atingiu em 2008 47% da distribuição original do Bioma. Entre 2008 e 2009 7.637 km² de cerrados foram desmatados (MMA; IBAMA, 2011). Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ocupação humana. Com a crescente pressão para abertura de novas áreas, visando incrementar a produção de carne e grãos para exportação, tem havido um progressivo esgotamento dos recursos naturais da região. Além disso, o bioma Cerrado é palco de uma exploração extremamente predatória de seu material lenhoso para produção de carvão (MMA; IBAMA, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Apesar de importantes do ponto de vista da conservação da biodiversidade, o atual ritmo de degradação pode levar esses brejos ao completo desaparecimento em um futuro muito próximo (Rodrigues et al., 2009). As condições privilegiadas dos brejos de altitude têm atraído historicamente pecuaristas e agricultores, que, através da criação de gado e do desenvolvimento de lavouras permanentes, como as de banana, café e citros, secundadas por lavouras temporárias, como as de hortaliças, mandioca, milho e feijão, vão suprimindo a vegetação original destes importantes enclaves de florestas úmidas no coração do semiárido (Locatelli et al., 2004).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofrem com as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. A sensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem em curso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espécies exóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competem diretamente por recursos com a flora nativa; intensos e frequentes incêndios incidem sobre os Campos de Altitude; atividades extrativistas impactam diretamente populações de plantas endêmicas e raras; a mineração de granito-gnaisse e arenito alteram irremediavelmente o substrato; a crescente expansão urbana para áreas de encosta suprime ainda mais esses ambientes e o desenvolvimento de técnicas agrícolas modernas tem permitido o desenvolvimento do que é chamado "agricultura de altitude" (p. ex. o cultivo de café no estado do Espirito Santo, que tem atingido cotas de até 1200 m); instalação de torres de transmissão de energia e telecomunicações, destruindo extensas faixas de áreas montanhosas naturais; e aliada a isso, a flora dessas regiões apresenta uma alta vulnerabilidade às mudanças climáticas em curso (Spehn; Körner, 2005; Martinelli, 2007).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Citada na categoria "Vulnerável" (VU) na Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no PARNA Serra dos Órgãos, Teresópolis - RJ; Estação Ecológica Seridó, Serra Negra do Norte - RN; RPPN Faz. Almas, São José dos Cordeiros - PB.